quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Onde venho para descansar.




Muito tempo se passou, calculo precisamente 4 anos.
Desde lá tudo parece ter se misturado em uma só caçarola na cabeça.
Foi um ano interessante, muito particularmente falando.
Mas o foco da conversa não é precisamente aquele ano, mas sim a transição iniciada nele na qual passou tudo que me compõe.
Enfim, para pôr fim a toda essa retrospectiva que prefiro deixar para outro texto gostaria de escrever dando ênfase mais (e como sempre) a minha situação presente.
Acredito de alguma forma que esteja caminhando por um bom caminho, talvez até o caminho certo.
Mas pra onde ele vai levar?
A pergunta que não cala em meu ser aparantemente sereno mas interiormente inquieto.
Não renego o que conheci, aprendi e conquistei ao longo de minha jornada.
Mas algo ainda clama, se remexe, revolto.
Me desapeguei um pouco de hábitos que me eram saudáveis, como este.
É chato perceber que o me motivava a vir aqui ou em outros lugares para exercitar tal prática era sempre algo que me era ausente, escrevia para vomitar em cima das fendas criadas pela mente por ausência ou desaprovo de algo na vida.
É  importante ter em mente a consciência de preservar boas práticas.
Mas este não é nenhum texto de auto ajuda.
E sim de reflexões sobre espelhos e máscaras de minha persona.
Não queria que este texto tivesse linhas aparentando exprimir lamúrias e arrependimentos.
Não quero mais me vestir desse ser.
Mais que coisa não? esse ser somos todos nós, são hábitos que nunca cessarão enquanto houver vida, respirar.
Mas um caminho sem pedras no fundo não teria lá sua graça.
A expectativa e incerteza do futuro é que são ás vezes incômodas.
Mas o futuro é um conjunto de retalhos de um presente amadurecido.
Que alegria escrever isto neste momento, e pensar que há tão pouco tempo essa vontade nem existia e de repente "pow" te transborda, e a cada palavra, lembranças, fotografias, lindas paisagens ao som de uma música frenética, como o  brotar de um pensamento e a voracidade que ele percorre a mente como um lobo solitário rápido pela neve.
Passei a encarar desafios de forma muito natural e equânime.
Taí uma mudança pra lá de positiva.
E meu esconderijo será sempre a mente, sensata e às vezes ardil.
Mas sempre num processo de doutrinação.
Pois se existe faca de dois gumes, esta é a mente.