quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Desejo


Ensina-me a te amar, no calor das cores, suor escorrendo em corpos ávidos por satisfação.
Do trabalho, das necessidades, do andar, do tocar, do falar, do gozar.
Eis a gênese do big bang humano, a prole oriunda da explosão branca.
Carne é o fogo tentador cabendo ao espírito (se é que existe) salvar-nos desta "pecaminosa" escolha, doce ironia que muitos não ousam encarar, se resguardam como lobos em pele de cordeiro, reprimindo a tentação que fomos destinados a provar.

Uadi

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Auto proclamação.


Duro é pensar nesse retorno de minhas angústias e ainda mais saber que elas nunca tinham se desvencilhado de mim.
Há incertezas em minhas alegrias, mal sabia eu que toda escalada é seguida de uma descida ao poço mais cru.
Ter cogitado uma evolução foi mera utopia.
O sentimento temeroso a morte me é inerente, não obstante passo a encará-la com mais serenidade.
Emancipar-se de meu lado pessimista e realista seria negar o meu eu, isso toma forma de praxis, a máscara de um carnaval esquecido, no entanto esse bloco sempre há de voltar.
Indago-me sobre certas (ou não) angústias, e nem adianta apelar para o arrependimento, pois foi desse jeito que me auto proclamei poeta, de risos e dores, sonhos e amores, vida e algo além, os motivos que moveram-me a voltar a escrever não foi dos melhores (pra variar) mas eis que vejo a cada pensamento e frase construída um ser que deleita-se nestas mesmas frases pra se revelar.
Um ser chamado Eu.

Uadi